quinta-feira, 27 de setembro de 2018

QUANDO NOSSA SORTE COMEÇOU A MUDAR!

IGNORÂNCIA MALDITA

Parte da nossa torcida está com aquela doença que atacou os coxinhas no final dos anos 80 começo dos 90, de achar que pode exigir título nacional todo ano, sem se importar se há verbas suficiente para isso.

Com toda a soberba que lhes era peculiar, aquele que naquele tempo era tido como maior do estado, tinha também uma torcida soberba, que nos humilhava todos os dias, com aquela maldita estrela amarela de 1985, com o estádio próprio, com a galeria de troféus e com o fato de estarem na época, com posição financeira muito melhor que a nossa.

Engordaram suas contas bancárias nos explorando com aluguéis de grandes jogos e principalmente de Atletibas, que éramos proibidos de jogar em nosso estádio, a Baixada, em virtude do mesmo ser “visto” como pequeno para o clássico.

Se o mando era nosso, éramos obrigados pela FPF a jogar na casa deles e pagar o “pedágio” para os coxas!

Os grandes públicos alimentavam os cofres única e exclusivamente dos coxas e para nós, o que restava, era destinado para pagamento de salários atrasados ou outras contas em atraso.

E eram muitas contas em atraso! Telefone, por exemplo, naquele tempo era artigo de luxo, e se a conta não fosse paga em dia, era imediatamente desligado. O telefone público da esquina passava a ser o número oficial do Clube Atlético Paranaense.

Não podemos esquecer ainda que praticamente todas as arbitragens beneficiavam, claramente os coxinhas.

As histórias de manipulação, compra de resultados e títulos por parte dos coxas, nunca foram mentiras, sempre existiram e o chinês era craque nisso, tanto que Munir certa vez, reconheceu o tanto de manipulações e subornos. (Tratarei desse assunto em outra oportunidade) 





DÍVIDAS E MAIS DÍVIDAS


Nossas dívidas aumentavam e caminhavam para $ 5 milhões a $ 6 milhões de dólares. Algo em torno hoje de quase R$ 20 milhões de reais.

Talvez esse valor possa parecer baixo, mas para um clube sem recursos financeiros algum, sem cotas de tv, sem patrocínios, sem mídia, que não tinha de onde tirar dinheiro e com uma torcida que não comparecia aos jogos, era impossível montar um time sequer para ser campeão de algo.

Em 1992 começaram os primeiros “burburinhos” de uma fusão, mas foi em 1993 que o assunto ganhou força nos jornais. Lembro como se fosse hoje, atravessando a Marechal Deodoro, a Tribuna nas mãos (no tempo em que a Tribuna era Atleticana e não a atual mentira pertencente a gazeta coxa) lendo sobre uma possível fusão com o Coritiba.


Obs.: Naquele tempo a Tribuna era o jornal dos Atleticanos e a Gazeta o jornal dos coxas. A Gazeta comprou a Tribuna e a transformou em um jornal coxa também. Será que você consegue entender o motivo da perseguição ao Atlético? 

Da parte do Coritiba, acho que foi mais para assustar os torcedores coxas, afinal eles pareciam com muitos Atleticanos atuais, falavam e xingavam demais e não ajudavam em nada, só atrapalhavam o time em campo. E talvez por causa disso que o coxa começou a enfrentar as suas primeiras dificuldades.

Com a retirada forçada de Evangelino do poder de mais de 20 anos no coxa, o clube começou a decair e não demorou muito para fracassar e empobrecer, caindo até mesmo para a Série C do Brasileirão. Um vexame para um campeão brasileiro. Foi chamado as pressas para retornar, mas pouco pode fazer.

A notícia da possível fusão, revoltou torcedores da dupla Atletiba e logo os coxinhas trataram de evitar falar na possibilidade.

O Atlético voltava à estaca “zero” e persistia em sua caminhada, falido, sem rumo, sem dinheiro, em absoluta decadência. 





QUANDO A HISTÓRIA COMEÇOU A MUDAR

E MCP assumiu daquele jeito, virando a mesa, aquele clube endividado e arrebentado, com uns (atualizando relativamente) R$ 100 milhões de dívidas e começou a fazer seu milagre.

Acreditou em Óseas e acreditou em Paulo Rink 22011, e os dois transformaram o sonho de uma nova Baixada em realidade.

A visão, a coerência, a competência, a honestidade de MCP, ajudaram o clube a sair da falência e aos poucos progredir.

E sobre esse assunto tratarei no próximo post!  

MCP não lucrou com o Atlético, mas soube dar lucro o suficiente para mudar a história do Atlético.





FESTA NÃO GARANTE O FUTURO DO ATLÉTICO

Ouvi esses dias de um amigo essa frase “ Festa não garante o futuro do Atlético!”. 


As redes estão tomadas daquele papinho chato e cheio de hipocrisia de que “a diretoria não gosta do torcedor”, de que “a diretoria afasta o torcedor”, de que “a diretoria não deixa fazer festa” e outras blás blás blás ridículos, de torcedores que só pensam em si mesmos e não no time.

No meu tempo, ninguém estava preocupado com festa! Estávamos preocupados em ver um time em campo, com nossas cores, jogando bola e na raça indo para cima dos adversários.

Festa nunca salvou nosso time de vários rebaixamentos, da pobreza, da humilhante derrota de 5x1 para os coxas e de tantas outras catástrofes pelas quais passamos.

Esse negócio de sempre citar década de 80 e 90 como época de grandes públicos é a mais pura mentira, contada para idiotas acreditarem. Nunca tivemos estádios lotados exceto em decisões de campeonatos.

Os públicos eram sempre pífios, medíocres e por serem medíocres nunca havia a festa tão imaginada por todos. Nunca faltava o verdadeiro apoio, aquele que vinha da alma, do coração, aquele por amor, pois amávamos o time que entrava em campo e entrávamos com ele, sem nos preocuparmos com política do clube. 


Dávamos nossas vidas fora de campo para que os jogadores dessem a vida dentro, e então, nos multiplicávamos em nossas vozes. Se estávamos em mil pessoas, a ideia era fazer parecer que eram 3 mil ali apoiando e isso sempre funcionava, não havia choradeira e nem reclamação, nem xingamentos e nem decepção com resultados, pois amávamos com toda a alma o Furacão.

O que mais desejávamos é que alguém tomasse as rédeas do clube e mudasse nossa história, só um pouquinho, para que pelo menos não houvesse mais papo de fusão e até que evitasse novas goeladas de 5 para os coxinhas.

É isso! Festa não garante futuro para clube algum! 



Mas a festa está liberada, os materiais liberados e tudo na Cor. Dulcídio Superior, que faz parte do nosso estádio. Basta querer e fazer!

Em São Paulo, as organizadas estão proibidas, por lei municipal constituída em conjunto com os clubes, a entrarem nos estádios com adereços, baterias e afins, e não vejo torcedores boquejando nas redes continuamente por causa disso. Lá os clubes de coração vem em primeiro lugar e se perguntarem para qualquer torcedor paulista o que prefere, “primeira divisão sem festa ou festa na segundona?”, ele irá responder “primeira sem festa”.

Aqui vejo “torcedor” dizer que é preferível cair pra segundona, mas ter festa no estádio!

Torcedor atual não sabe ainda o que é sofrer de verdade, a geração Arena não sabe realmente o que é ver seu clube de coração morrer, é uma geraçãozinha na maioria mimada, cheia de hipocrisia, que gosta de medir o tamanho da torcida dos mais antigos e se acha acima do bem e do mal, lembrando com clareza, aquela geração coxa após título de 1985.

A “natureza espiritual” não perdoa equívocos e excessos e os coxas estão sendo punidos da pior forma possível, resta saber quanto tempo essa mesma “natureza espiritual” nos permitirá seguir em berço esplendido e rumo a um futuro maior, antes da queda a ser proporcionada por sua própria torcida.


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