segunda-feira, 3 de abril de 2017

Teoria da história cíclica


Ainda na Grécia antiga, cerca de 400 anos antes de Cristo, um pensador e filósofo chamado Heródoto, desenvolveu uma teoria histórica de relevante importância para o futuro, que ficou conhecida como “teoria da história cíclica”. 

Em resumo, esta teoria versa que a ação humana está fadada à repetição. Que, ao invés de vivermos a história linear, vivemos uma história cíclica. Assim, o desenvolvimento seguiria uma espécie de ciclo, onde quer que fosse e em qualquer época. Deste modo, a linha histórica não seria, portanto, reta, mas sim circular. 

Este pensamento filosófico não é o mais adotado entre os historiadores, que preferem, de modo geral, a chamada história linear, em que – explicando de uma forma leiga - o curso da humanidade não está fadado a repetição, mas sim à evolução constante. Como uma linha reta que conhecemos como linha temporal, ou linha do tempo. 

Pessoalmente, como amante da disciplina, confesso que também sou adepta da segunda teoria, apesar de hoje, e apenas hoje, torcer para que a teoria cíclica seja a correta.
Explico-lhes o porquê.

Em 2016, ano que em nos sagramos campeões estaduais, vocês devem se lembrar de que tivemos uma dura caminhada até o título. No nosso caminho tortuoso estava o Paraná Clube que, assim como neste ano, tinha um time razoavelmente bom que lhe rendeu a classificação como primeiro colocado. Nosso time, ao contrário, estava desacreditado e era alvo de constantes questionamentos por parte da torcida e imprensa.

Em 2016, Paraná e Atlético só se encontrariam na semifinal do campeonato, ao contrário deste ano, em que o encontro se deu nas quartas-de-final. Mas é importante observar que a história do ano passado, em suas características e circunstâncias, ironicamente se repetiu neste ano. Nosso time estava desacreditado, enquanto o Tricolor da Vila tinha feito uma primeira fase de encher os olhos. Notaram a similaridade?

Todos sabem como o encontro entre os dois times terminou em 2016. Vencemos na Arena da Baixada, perdemos na Vila Capanema e, como tem sido rotina, nos classificamos em uma disputa de pênaltis em que a estrela de Weverton brilhou. O resto do ano foi de sucesso, ganhamos o título na casa do nosso maior rival e, de quebra, conseguimos uma vaga para a Taça Libertadores da América em 2017, fruto de uma campanha excelente no Campeonato Brasileiro.

Portanto, analisando o passado e o presente, podemos perceber que nos encontramos em uma situação quase que igual à do ano passado, pelo menos no Campeonato Paranaense. Estamos em pior fase do que o Paraná, o time tem sido alvo de duras críticas por parte da torcida e por parte da imprensa, mas, mesmo assim, no primeiro domingo do mês de abril, conseguimos dar o primeiro passo para que a história se repita. 

Rezemos, então, para que Heródoto esteja certo. 


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