Ainda na Grécia antiga, cerca de 400 anos antes de Cristo, um pensador e filósofo chamado Heródoto, desenvolveu uma teoria histórica de relevante importância para o futuro, que ficou conhecida como “teoria da história cíclica”.
Em resumo, esta teoria versa que
a ação humana está fadada à repetição. Que, ao invés de vivermos a história
linear, vivemos uma história cíclica. Assim, o desenvolvimento seguiria uma
espécie de ciclo, onde quer que fosse e em qualquer época. Deste modo, a linha
histórica não seria, portanto, reta, mas sim circular.
Este pensamento filosófico não é
o mais adotado entre os historiadores, que preferem, de modo geral, a chamada
história linear, em que – explicando de uma forma leiga - o curso da humanidade
não está fadado a repetição, mas sim à evolução constante. Como uma linha
reta que conhecemos como linha temporal, ou linha do tempo.
Pessoalmente, como amante da
disciplina, confesso que também sou adepta da segunda teoria, apesar de hoje, e
apenas hoje, torcer para que a teoria cíclica seja a correta.
Explico-lhes o porquê.
Em 2016, ano que em nos sagramos
campeões estaduais, vocês devem se lembrar de que tivemos uma dura caminhada
até o título. No nosso caminho tortuoso estava o Paraná Clube que, assim como
neste ano, tinha um time razoavelmente bom que lhe rendeu a classificação como
primeiro colocado. Nosso time, ao contrário, estava desacreditado e era alvo de
constantes questionamentos por parte da torcida e imprensa.
Em 2016, Paraná e Atlético só se
encontrariam na semifinal do campeonato, ao contrário deste ano, em que o
encontro se deu nas quartas-de-final. Mas é importante observar que a história
do ano passado, em suas características e circunstâncias, ironicamente se
repetiu neste ano. Nosso time estava desacreditado, enquanto o Tricolor da Vila
tinha feito uma primeira fase de encher os olhos. Notaram a similaridade?
Todos sabem como o encontro entre
os dois times terminou em 2016. Vencemos na Arena da Baixada, perdemos na Vila
Capanema e, como tem sido rotina, nos classificamos em uma disputa de pênaltis
em que a estrela de Weverton brilhou. O resto do ano foi de sucesso, ganhamos o
título na casa do nosso maior rival e, de quebra, conseguimos uma vaga para a
Taça Libertadores da América em 2017, fruto de uma campanha excelente no
Campeonato Brasileiro.
Portanto, analisando o passado e
o presente, podemos perceber que nos encontramos em uma situação quase que
igual à do ano passado, pelo menos no Campeonato Paranaense. Estamos em pior
fase do que o Paraná, o time tem sido alvo de duras críticas por parte da
torcida e por parte da imprensa, mas, mesmo assim, no primeiro domingo do mês
de abril, conseguimos dar o primeiro passo para que a história se repita.
Rezemos, então, para que Heródoto
esteja certo.
gostei e esse Heródoto esta certissimo
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